A impressão é clara: a prefeita Débora Régis assumiu a prefeitura sem ter feito o dever de casa. Falta planejamento, sobram desculpas. O decreto de calamidade financeira escancarou o despreparo da atual gestão, que se diz surpreendida por uma situação que qualquer equipe minimamente preparada teria detectado durante a transição. A população, mais uma vez, é a principal prejudicada por um governo que vive de improvisos.
Em vez de apresentar soluções estruturadas, a prefeita toma decisões emergenciais, com base em discursos genéricos e falta de dados públicos. Tudo é tratado como “herança maldita”, mas pouco se faz para construir um novo cenário. A cidade segue à deriva, com obras paradas, contratos suspensos e servidores sem clareza sobre seus vencimentos.
As poucas medidas anunciadas parecem ter mais objetivo midiático do que prático. Criar comitê, anunciar reuniões, publicar decretos… Nada disso tem impacto direto na vida do cidadão que precisa de serviços públicos funcionando. A gestão se apega a burocracias enquanto o povo espera por ação imediata.
A falta de planejamento não é culpa do passado, mas sim da omissão do presente. Débora Régis teve tempo e estrutura para montar sua equipe e iniciar um governo digno, mas escolheu seguir o roteiro da vitimização política. E a conta, como sempre, sobra para o povo.
